A Polícia Militar do Paraná iniciou, nesta semana, os testes operacionais das câmeras corporais que serão utilizadas pelos agentes de segurança. Ao todo, 300 equipamentos estão sendo avaliados em oito cidades do estado.

Esta é a segunda fase dos testes previstos em contrato. As filmadoras são utilizadas no serviço operacional, no qual há maior interação com a população. O investimento anual do serviço é de R$ 1 milhão. A iniciativa prevê maior transparência nas ações policiais.

Os equipamentos foram distribuídos nas cidades de Curitiba, Cascavel, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo e Paranaguá. Por mês, o valor destinado à iniciativa é de R$ 84 mil.

As câmeras têm autonomia de 12 horas contínuas de gravação. O processo de gravação começa logo após elas serem retiradas da estação de recarregamento, no início do serviço da equipe policial.

O mestre em direito, especialista em Ciências Penais em Direito Processual Penal, e professor do Centro Universitário Internacional Uninter, Paulo Silas Taporosky Filho, falou sobre a importância da medida.

O operador será responsável apenas por acionar o botão de ativação do áudio, que deverá ser utilizado em ocorrências ou situações de interesse público. Os arquivos são direcionados para um software de gestão em nuvem. O analista apontou que isso precisa ser gerenciado de maneira correta.

A advogada criminalista Juliana Bertholdi destacou que a medida, além de proteger o próprio policial, pode comprovar que uma determinada abordagem foi justa. Ela destacou como o uso das câmeras diminuíram índices de violência policial em São Paulo.

Todas as gravações são exportadas automaticamente quando devolvidas à base de carregamento. A Polícia Militar informou que nenhum agente terá atuação no funcionamento do equipamento, que preservará as imagens. A advogada ressaltou a importância da parceria entre as autoridades para a utilização desse tipo de dispositivo.

Os equipamentos foram licitados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP-PR). O contrato de licitação prevê a estrutura para armazenamento das imagens e áudios, carregamento de baterias e descarga de dados e dispositivos.