Os malefícios do consumo de cigarros eletrônicos é tema de novo alerta da Secretaria de Estado da Saúde após decisão da Anvisa que mantém a proibição na fabricação, importação e comercialização desses dispositivos em todo o Brasil

A preocupação é maior ainda no Paraná, já que o estado lidera o consumo de cigarro eletrônico no país, com 4,5% da população adulta fazendo uso desses dispositivos segundo levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec).

A coordenadora da vigilância sanitária do estado, Luciane Otaviano de Lima, lembra que o consumo se enquadra como uma infração sanitária. Pessoas que praticam comercialização ou distribuição ficam sujeitas a advertência, interdição, recolhimento e multa, entre outras.

Além das proibições impostas pela lei, outra preocupação é com a saúde humana. O pneumologista Rafael Klas Leal, explica que o cigarro eletrônico não é menos prejudicial do que o tabaco tradicional e pode ocasionar lesões pulmonares.

Também segundo o médico, a quantidade de nicotina inalada pelo cigarro eletrônico tende a ser até duas vezes maior em comparação com o fumo tradicional. Inicialmente a chegada dos cigarros eletrônicos foi marcada pela promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum, mas acabou se popularizando entre jovens que não eram fumantes, principalmente na faixa etária de 18 a 24 anos.

Para quem já é fumante, o pedido da Secretaria de Estado da Saúde é para que a pessoa procure ajuda médica para largar do cigarro.

Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) é possível realizar tratamento com abordagem psicológica, material de apoio e, quando houver indicação, tratamento medicamentoso com terapia de reposição de nicotina (TRN)

As Unidades de Saúde que oferecem o tratamento no Paraná podem ser conferidas no site saude.pr.gov.br. Confira: CNES – Serviço Especializado – SERVIÇO DE CONTROLE DE TABAGISMO.pdf (saude.pr.gov.br).