O Paraná fechou o ano de 2021 com índices baixos de imunização de crianças de até dois anos contra as doenças que estão inclusas no calendário permanente de vacinação: poliomielite, BCG, que protege contra a tuberculose, a pneumocócica, hepatite A e B, rotavírus, febre amarela, pentavalente, tríplice viral e meningocócica.

O índice de imunização contra poliomielite, por exemplo, ficou em 77% no ano passado. Em 2020 a adesão foi maior – 86%. O ideal é a cobertura vacinal de 95% das crianças até dois anos.

Já a vacina BCG teve adesão de 76% em todo o Paraná em 2021. Em 2020 ficou em 88%. O ideal é uma cobertura de 90% da população dessa faixa etária.

Em Curitiba e região metropolitana o menor índice registrado foi para a vacinação de hepatite B, com 58% de imunização nas crianças.

A vacina Pneumocócica, que ajuda a proteger contra a doença pneumocócica, que pode evoluir para pneumonia, otite, meningite e outras causadas por bactérias ficou com o maior índice de cobertura em Curitiba e região: 77% das crianças até dois anos foram imunizadas em 2021. Em 2020 o índice era maior, 86%.

Os dados são de levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, a pedido da CBN Curitiba.

A queda na adesão às vacinas do calendário permanente já é um movimento percebido desde 2016, segundo a médica infectologista, coordenadora do serviço de Epidemiologia do Hospital Pequeno Príncipe (HPP), Heloisa Giamberardino.

A médica alerta que agora é o momento de tirar as carteiras de vacinação das gavetas e levar as crianças nos postos de saúde, apesar da pandemia de Covid-19 não ter acabado.

Heloisa Giamberardino ressalta que as outras doenças não vão esperar pelo fim da pandemia.

Caso os índices de vacinação contra doenças do calendário permanente continuem em queda, doenças já erradicadas podem voltar à tona.