A 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Voleibol (STJD) analisou, nesta quinta-feira (25), uma acusação de racismo feita por jogadoras do Tijuca, do Rio de Janeiro, após um jogo entre o time carioca e o Curitiba no dia 26 de janeiro deste ano, no ginásio do Círculo Militar do Paraná, pela Superliga B Feminina. Na sessão, o clube paranaense foi absolvido de forma unânime após o órgão receber um inquérito da Polícia Civil do Paraná que, segundo o Curitiba, “opinou pelo arquivamento da demanda, pela ausência de provas”.

No dia da partida, a jogadora Dani Suco se referiu a torcedores. “Quando fui pro saque, ouvi muito nitidamente, muito alto, pessoas fazerem insultos racistas, sons de macaco. E toda vez que eu vinha pro saque, eu ouvia a mesma coisa”, declarou Dani através de um vídeo, ao lado de Camilly Ornellas e Thaís Oliveira, também do Tijuca. Em outro vídeo postado pelas atletas, a denúncia foi reforçada por Vagner, apresentado como torcedor do Curitiba.

Nesta sexta (26), um dia após o julgamento no STJD, o Curitiba Vôlei divulgou a seguinte nota:

“Pela presente, através do seu Departamento Jurídico, o Curitiba Vôlei vem a público informar que, na noite de ontem, a 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), levou a julgamento os fatos ocorridos na partida disputada contra a equipe do Tijuca Tênis Clube, em 26 de janeiro de 2024, pela Superliga B Feminina.

Na Sessão de Julgamento, além da análise do Inquérito Policial, originado através do Boletim de Ocorrência lavrado pelo próprio pelo Curitiba Vôlei, que apurou minuciosamente os fatos – onde a Polícia Civil do Estado do Paraná opinou pelo arquivamento da demanda, pela ausência de provas – foram exibidos diversos materiais audiovisuais, provas documentais e ouvidas uma série de testemunhas que estavam presentes na partida em questão.

Por unanimidade de votos, diante da ausência de indícios capazes de embasar a pretensão punitiva da Produradoria do STJD, o Curitiba Vôlei foi absolvido de todas as denúncias formuladas.

Nesta oportunidade, além de ratificar o seu compromisso no combate a toda e qualquer forma de discriminação, bem como com a transparência, verdade e ética desportiva, o Curitiba Vôlei reafirma que jamais medirá esforços para que o voleibol, em especial o praticado na nossa cidade, seja um esporte democrático, inclusivo e para todos.

Curitiba, 26 de abril de 2024.

Paulo Guilherme A. dos S. Giffhorn

Departamento Jurídico – Curitiba Vôlei”