Uma das principais formas de tentativa de envio de drogas partindo do Porto de Paranaguá para outros países é a ação denominada “rip-on, rip-off”, quando a droga é inserida em contêineres sem o conhecimento do exportador.

No entanto, outra forma de inserção dessa droga chamou a atenção da Polícia Federal e da Receita Federal do Brasil nas duas operações deflagradas para combater o tráfico internacional de drogas.

Nesta quinta-feira (24), foram cumpridos 17 mandados de prisão e 86 de busca e apreensão com o objetivo de desarticular essas organizações criminosas.

Durante as investigações, os policiais descobriram a participação dos próprios funcionários do Porto de Paranaguá na quadrilha, facilitando a entrada da droga, principalmente, cocaína.

A ação aconteceu no Paraná nas cidades de Paranaguá, Curitiba, Matinhos, Morretes, São José dos Pinhais e Pontal do Paraná.

Em Santa Catarina, com mandados cumpridos em Balneário Camboriú, Itapoá e Garuva.

E em São Paulo, com mandados em Santos, Barueri, Bertioga, Guarujá, Itapeva, Ribeirão Pires e São Paulo.

O delegado da Polícia Federal, Eduardo Verza, explica que as quadrilhas de tráfico internacional de drogas atuantes no Porto de Paranaguá têm envolvimento com a máfia italiana e até mesmo, com ligações na França.

No decorrer das investigações, que foram iniciadas em 2019, foram realizadas 80 apreensões no Brasil e no exterior que totalizam, aproximadamente, 21 toneladas de cocaína.

Por meio de nota, a TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, informa que vem colaborando com os órgãos competentes no fornecimento de informações que contribuam com as investigações. Ainda segundo a nota, a empresa também reforça que possui um amplo sistema de segurança e escaneamento de cargas, sendo referência nacional pela Receita Federal em fiscalizações aduaneiras. eseeeee

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina também se manifestou por meio de nota. A Portos do Paraná alega que as ações foram realizadas em área arrendada, ou seja, em terminal privado no

porto paranaense. Sobre as informações de que “funcionários do porto” estariam envolvidos nas atividades ilícitas, a Portos do Paraná, na nota, reforça que não há qualquer acusação contra colaborador do quadro da empresa pública ou de contratadas por esta. Sendo, portanto, equivocada a informação.

Por fim, a nota diz que a autoridade portuária colabora com as ações preventivas de controle de acesso de pessoas e veículos e operações conjuntas com apoio de cães de faro, e também em mar, para que a Polícia Federal e Receita Federal do Brasil tenham melhor foco de atenção nas ações de combate ao tráfico internacional.