Em todo o Paraná, há mais de 219 mil casos confirmados de dengue e 140 mortes. Esses dados foram divulgados no último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), nesta terça-feira (16). Em uma semana, foram registrados mais de 34 mil novos casos da doença, o que apontou um aumento de quase 19%. Já em relação ao número de mortes a elevação foi superior a 35% com mais 37 mortes.

Se fizermos uma comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é ainda maior e ultrapassa 1.000% no número de casos. Em 18 de abril de 2023, havia pouco mais de 21,4 mil casos de dengue em todo o Paraná, este ano, são 219.045 confirmações da doença. Há quase um ano, foram 12 mortes registradas contra 140 essa semana, o que representa uma elevação de mais de 1.150%.

As 37 mortes registradas essa semana foram de moradores das regiões Norte, Oeste e Noroeste do Paraná. As vítimas tinham entre 14 e 94 anos, sendo 23 homens e 14 mulheres. Em 73% dos casos, as pessoas tinham comorbidades.

O infectologista, Bernardo Montesanti Machado de Almeida, disse que por enquanto o número de casos deve continuar em ascensão.

O especialista também disse que a quantidade de vacina ofertada para a população ainda não gera um impacto significativo no combate à doença.

A regional de saúde da Região Metropolitana de Curitiba contabilizou, até o momento, 4.162 casos e nenhuma morte. A regional de saúde que abrange os municípios do Litoral registrou mais de 9 mil casos e 3 mortes, desde que começou o novo período epidemiológico em julho de 2023.


SAIBA MAIS:


Em relação os casos de febre chikungunya e zika, que também são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o boletim não apontou nenhum caso de zika vírus. Houve registro de três novos casos de chikungunya, o que eleva a soma para 104 confirmações da doença, sem nenhuma morte registrada.

Desde o início do ano, a Vigilância Ambiental tem organizado várias ações para reforçar o combate à dengue. Até agora, já foram realizadas diversas capacitações com profissionais de saúde para manejo clínico, assistência aos pacientes e informações técnicas no enfrentamento ao mosquito.

A Sesa promoveu o Dia D, uma mobilização estadual, com o objetivo de fortalecer o combate à dengue e reduzir os casos da doença, além do número de mortes. A ação também levou informações à população.

O estado também participou do Dia D nacional, uma iniciativa do Ministério da Saúde, que uniu governo federal, estados e municípios. Foram reforçadas ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença por agentes comunitários de combate às endemias e profissionais da saúde para orientar a população.

Em março, o estado liberou recursos adicionais de R$ 93 milhões para auxiliar os 399 municípios. O valor foi distribuído entre diversas áreas para aprimorar o atendimento hospitalar, garantir a disponibilidade de insumos, instrumentalizar as equipes de agentes comunitários de saúde e intensificar a vigilância.

De acordo com estudos, o ciclo de reprodução do Aedes aegypti leva em torno de uma semana, entre a fase de ovo, larva e mosquito já adulto. Portanto, a verificação em busca de focos deve ser feita semanalmente, pois, até mesmo uma tampinha de garrafa esquecida no jardim pode se tornar um criadouro.