Na sessão desta quarta-feira (03), foram oficialmente convocados para assumir cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná os deputados estaduais Adelino Ribeiro (PRB), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (DEM) e Pedro Paulo Bazana (PV). Eles assumem as vagas abertas após o processo de cassação do mandato do delegado Fernando Francischini (PSL). Os novos deputados tomam posse na próxima segunda-feira (08).

Na abertura da sessão plenária, o presidente da casa Ademar Traiano (PSDB) leu o comunicado do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), sobre o novo cálculo dos votos das eleições de 2018.

A decisão do afastamento cabe recurso ainda. Traiano informou que se a decisão jurídica permitir, os cassados poderão voltar a ocupar seus cargos.

As comissões permanentes da casa de leis também devem ser readequadas. Traiano destacou que no caso da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual Fernando Francischini era o presidente, um novo deve assumir após avaliação e negociação entre os parlamentares.

Francischini foi cassado por disseminação de notícias falsas contra as urnas eletrônicas. A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana e prevê ainda que Francischini fique inelegível por 8 anos, contados a partir de 2018.

Com a cassação do delegado os 427.742 votos recebidos por ele no pleito de 2018 deixaram de fazer parte do cálculo do quociente eleitoral. Francischini foi o candidato mais votado, com número quase três vezes maior do que o segundo candidato. Por isso ele conseguiu três cadeiras extras para o PSL.

Com o novo cálculo do TRE-PR, os deputados Emerson Bacil, Do Carmo e Cassiano Caron deixam a Assembleia Legislativa do Paraná, junto com Francischini. Os parlamentares perdem o diploma sem terem cometido qualquer crime.

Um dos três deputados que perdeu o mandato, assumiu a vaga na Assembleia na última terça-feira (26). Cassiano Caron (PSL), foi convocado após o mandato do então deputado Subtenente Everton, ser também cassado pelo TSE. Ele teve a campanha financiada por uma instituição privada, o que é vedado pela legislação eleitoral. Com isso, Caron será deputado estadual por apenas uma semana.