Deputados integrantes da Frente Parlamentar sobre o Pedágio do Paraná estiveram em Brasília nesta terça-feira (31) em uma reunião com o ministro do Tribunal de Contas da União, Walton Rodrigues, relator do processo de concessão proposto pelo Ministério da Infraestrutura e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), para apresentação de um estudo técnico com o que eles consideram “falhas graves” na nova modelagem de pedágio proposta ao estado.

O documento, preparado pelo Instituto de Tecnologia de Transportes e Infraestrutura (ITTI), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), aborda 25 pontos considerados de risco na atual modelagem definida pelo Governo Federal.

Segundo o deputado estadual Arilson Chiorato (PT), coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), existem várias preocupações com a atual modelagem que já deixa o pedágio mais caro antes mesmo de ele ser implantado no estado.

O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD), também integrante da Frente, afirmou que a receptividade do documento por parte do ministro foi boa, mas que o assunto deve ser debatido novamente no TCU.

Entre as falhas apontadas no levantamento estão, por exemplo, a ausência de projetos técnicos, obras duplicadas, cálculo falho na composição das tarifas e o impacto em 87 municípios paranaenses que não foram consultados sobre as praças de pedágio.

Os pedágios no Paraná, no antigo Anel da Integração, foram desativados no final de novembro de 2021, após o fim dos contratos de concessão, após 25 anos. A expectativa era de que os novos contratos fossem assinados no segundo semestre e as novas praças fossem ativadas até o final de 2022. No entanto, o assunto deve se prolongar e as novas concessões podem acontecer somente em 2023.