Depois de um mês do incidente que resultou na morte de três pessoas em Pontal do Paraná, o supermercado em que a laje desabou permanece interditado. A Polícia Civil também segue investigando a situação e o inquérito policial, que tem 30 dias para ser encerrado, ainda não foi concluído. As investigações podem ser prorrogadas por mais 30 dias, se necessário.

O acidente aconteceu na noite de 22 de março, em um estabelecimento que havia sido inaugurado horas antes. Além das três mortes, 12 pessoas ficaram feridas. O Conselho Regional de Engenharia do Paraná (CREA-PR) identificou uma irregularidade na execução da estrutura de concreto pré-fabricado do supermercado e enviou um relatório de fiscalização da obra que trata sobre o projeto para a Polícia Civil.

A vistoria foi realizada em novembro do ano passado e, segundo o órgão, foi nesta análise que a irregularidade foi constatada. O desabamento aconteceu em uma área onde estavam armazenadas caixas d’água para abastecimento do empreendimento. O relatório apontou que o proprietário do supermercado foi notificado sobre o problema na estrutura pré-moldada.

Ainda conforme o CREA-PR foi constatada a responsabilidade profissional, ou seja, do engenheiro civil e demais trabalhadores envolvidos. O inspetor Davi José de Grandi, do CREA-PR, explicou que além das sanções penais, os responsáveis pela construção também podem ter punições dentro da entidade de classe.

A CBN Curitiba aguarda um retorno dos representantes do supermercado e também da Polícia Civil sobre a possível extensão do prazo para conclusão do inquérito policial.