O ex-policial penal, Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu, foi submetido a procedimento cirúrgico no braço. O procedimento foi realizado na noite da última quinta-feira e ele segue internado em um quarto do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu.

Segundo a defesa do ex-policial, no dia 5 de abril, Jorge sofreu uma queda durante o banho na Cadeia Pública Laudemir Neves e isso resultou em uma fratura no braço esquerdo.

Nesta semana o Tribunal de Justiça do Paraná aceitou o pedido da defesa de Guaranho para que ele seja transferido ao Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O julgamento estava marcado para o dia 2 de maio, mas foi suspenso no dia 27 de abril, após outro pedido da defesa, para que o procedimento fosse feito em uma comarca, que não a de Foz do Iguaçu, em razão “das várias manifestações em favor da vítima”.

Não há data para quando a transferência do preso deve ocorrer, mas em nota, a defesa do réu informou que durante a estadia na Cadeia Pública Laudelino Neves, “condições inadequadas enfrentadas por Guaranho, corroboradas por um relatório de vistoria realizado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/PR” indicaram a “falta de condições de se manter” o réu naquele espaço prisional.

Em 9 de julho de 2022, Jorge Guaranho entrou na festa de aniversário de Marcelo Arruda, em um clube de Foz do Iguaçu. Houve uma discussão dele com o guarda municipal e pessoas que estavam no local. Pouco depois, o ex-policial penal voltou ao local da festa e disparou vários tiros contra a vítima, que morreu um dia depois.

Guaranho também foi baleado pela esposa da vítima, que é policial civil, e ficou dois meses internado, sendo preso após receber alta.
A acusação aponta que o crime teve cunho político, já que a festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e Guaranho seria apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda não há uma nova data para o julgamento do caso.