Ao todo, foram mais de 6 milhões de votos válidos, o que estabeleceu um coeficiente acima de 111 mil votos para se eleger ao cargo de deputado estadual. A conta é feita a partir dos votos dividido pelo número de cadeiras na Assembleia Legislativa do Paraná, que são 54.

Os demais 49 deputados eleitos foram “puxados” com os votos dados aos partidos e aos demais candidatos. Isso ocorre porque o sistema de eleição para a Assembleia Legislativa é o proporcional.

Entre os eleitos, que não dependeram do voto de outros colegas de partidos, estão, Alexandre Curi (PSD), com quase 237 mil votos, em seguida outro colega de partido, Marcio Nunes (PSD), que obteve pouco mais de 126 mil votos. Em terceiro lugar, o único deputado da Oposição, Professor Lemos (PT), que conquistou quase 120 mil votos, seguido de outros dois colegas do PSD, Ademar Traiano (PSD), que alcançou mais de 116 mil votos e por fim Tiago Amaral (PSD), com cerca de 112 mil votos.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná, Bruno Bolognesi, esses candidatos superaram o coeficiente eleitoral.

Bruno Bolognesi cita casos de deputados que tiveram uma boa votação, mas não entraram em razão do partido não ter feito legenda suficiente para puxar mais candidatos. Foi o que aconteceu com Nelson Justus (União), que fez mais de 38 mil votos e ficou como primeiro suplente do partido, sendo que o último eleito para deputado estadual, Luís Corti (PSB), conquistou quase 27 mil votos, 11 mil a menos que Justus, mas teve o coeficiente a seu favor.

Entre os candidatos que se elegeram para a Câmara Federal, pelo Paraná, sem depender do voto dos outros candidatos do partido, estão Deltan Dalagnol (Podemos), que alcançou quase 345 mil votos, seguido por Gleisi Hoffmann (PT), que conquistou cerca de 261 mil votos e Filipe Barros (PL), que angariou mais de 249 mil votos para chegar ao Congresso Nacional.

Para o especialista as novas regras, como a cláusula de desempenho individual, dificultam a eleição dos chamados “puxadores de votos”, que conseguiam eleger candidatos que não tiveram uma votação tão expressiva, mas possibilitavam que partidos menores tivessem representatividade.

Agora os partidos menores lançam vários candidatos para conseguir eleger, pelo menos, um representante, segundo Bruno Bolognesi.

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