Nesta terça-feira (12), a Polícia Civil (PCPR) espera ouvir o motorista que dirigia o ônibus biarticulado que se envolveu em um acidente na Avenida Visconde de Guarapuava, na esquina com a Travessa da Lapa, no último sábado (9). O delegado Edgar Santana, responsável pelo caso, ouviu na tarde de segunda-feira (11) o condutor do ônibus da linha metropolitana, que, de acordo com as imagens de câmeras de segurança, teria furado o sinal vermelho.

À RPC, afiliada da Rede Globo, o motorista de 34 anos, que dirigia na linha Fazenda Rio Grande/Curitiba, disse “que era a primeira viagem dele no dia, que não estava se sentindo cansado e que havia dormido cedo no dia anterior. Ele negou que estivesse falando ao celular. Ele disse ainda que tem 10 anos de profissão, dos quais, três são de experiência no transporte coletivo”. No dia do acidente, o homem afirmou à polícia que teve um mal súbito e, por conta disso, atravessou o semáforo no vermelho.

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A Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), que administra o transporte metropolitano, informou que está contribuindo com as investigações. Em nota, informou que “lamenta profundamente o ocorrido”. E que, assim que soube do acidente, encaminhou uma equipe ao local e priorizou o atendimento, apoio e solidariedade às vítimas, assim como os esclarecimentos às autoridades. “Estamos acompanhando a situação e realizando os procedimentos padrões que a situação exige”.

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De acordo com a agência, as empresas envolvidas no incidente podem responder civil e criminalmente pelas lesões causadas às vítimas. O advogado Conrado Gama Monteiro, especialista em Direito de Infraestrutura e Serviço Público, explica que as empresas concessionárias devem arcar com os prejuízos por questões contratuais, que garante o ônus e o bônus da permissão da operação no serviço público.

Dos 45 feridos, um deles teve que ter o pé amputado. Trata-se de uma mulher de 43 anos, que ficou presa nas ferragens e precisou passar por uma cirurgia de emergência no Hospital do Trabalhador, onde se recupera das lesões.

A Urbs (que gerencia o transporte coletivo de Curitiba) e o Setransp (Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba) informaram que também estão apurando o caso. Para o especialista, eles também podem ser responsabilizados pelos danos causados às vítimas.

O delegado Edgar Santana disse que 0 inquérito policial será concluído apenas após a oitiva de todas as testemunhas, além dos motoristas.