Uma pesquisa divulgada pelo Mapa da Desigualdade entre as Capitais, elaborada pelo Instituto Cidades Sustentáveis, indicou que Curitiba é considerada a capital menos desigual do país. O estudo avaliou 40 indicadores como renda, moradia, saúde, educação e violência, com base em levantamentos públicos, como o Censo de 2022 e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

O levantamento colocou as capitais em um ranking que contempla a soma dos pontos obtidos em todos os indicadores avaliados. A cidade de Curitiba acumulou 677 pontos. Em segundo lugar, está Santa Catarina, com 672 pontos. Em terceiro, Belo Horizonte, com 615 pontos, seguida por Palmas, com 607, e São Paulo, com 594. O coordenador-geral do instituto, Jorge Abrahão, falou sobre o resultado.

A pesquisa avaliou ainda como as capitais estão cumprindo os objetivos do desenvolvimento sustentável, uma série de 17 medidas propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a pobreza, além de proteger o meio ambiente e o clima. Para o coordenador do instituto, é possível obter avanços significativos, mas isso depende de uma série de políticas públicas.

No quesito sobre erradicação da pobreza, Curitiba aparece em 2º lugar, atrás de Florianópolis. A mortalidade infantil na capital paranaense também é a segunda menor, atrás da capital de Santa Catarina. A capital paranaense é a segunda do país com o maior percentual de pessoas com serviço de esgoto, com 99,98%, atrás apenas de São Paulo.

Na educação, Curitiba tem o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), atrás de Teresina e Palmas. Porém, o doutor em Geografia e professor titular do programa de pós-graduação stricto sensu em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, Alceli Ribeiro Alves, apontou que a capital do Paraná ainda tem o que melhorar.

O professor apontou que a cidade de Curitiba ainda tem um grande problema com relação à regularização fundiária. Para ele, ainda é necessário investir em políticas públicas para atender o grupo que vive em áreas não urbanizadas, em especial nas áreas periféricas da capital.

Na outra ponta da tabela, as cidades que tiveram as piores médias foram Belém, com 393; Recife, com 392; e Porto Velho, com 373. O levantamento apontou ainda que Curitiba é a segunda capital do Brasil com o menor número de pessoas abaixo da linha da pobreza, registrando uma taxa de 2,3%. Na frente, está Florianópolis, com 1,1%.