Quem mora ou circula pelos bairros Orleans, São Braz e Campo Comprido em Curitiba espera, há anos, uma solução para os frequentes congestionamentos no viaduto da região. Pedestres, ciclistas, motoristas de carros, caminhões, vans, ônibus, motociclistas. Todos convivem no ritmo frenético do trânsito. Cada um disputando seu espaço. Pelo viaduto existente, hoje sobrecarregado, passam 3 mil veículos no horário de pico.

Uma solução já foi apresentada: a construção de um novo viaduto, mas ainda não saiu do papel. A obra foi promessa de campanha do prefeito de Curitiba, Rafael Greca. Segundo o executivo municipal, soluções estão sendo buscadas desde 2017.

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Ainda não há uma previsão de início de obras. Mas, esperança não falta. A moradora da região, Diana Lemos, espera com ansiedade. Ser pedestre e transitar no viaduto do Orleans não é tarefa fácil.

Para Luciano Piga é difícil entender como se formam tantos congestionamentos.

Falta educação também dos motoristas que trafegam na região, segundo Fabio Simões.

Manoel Sales é taxista há 25 anos. Viu a região se transformar e os problemas aumentarem a cada dia.

Sérgio Prado, também morador da região, até compara a obra do viaduto do Orleans com a da Linha Verde. Já virou lenda.

E para atravessar a Toaldo Túlio? Mesmo com os semáforos, o tempo de espera, em horários de pico, chega a 10 minutos, segundo Luana Iara.

Enquanto o projeto não avança, os comerciantes da região sofrem com a baixa movimentação. Daniele Felde tem uma loja na Avenida Toaldo Túlio desde 2018.

Em 2020, a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná chegaram a firmar um acordo para a licitação e contratação do projeto do Viaduto do Orleans. Estava prevista a destinação de recursos do Estado para a licitação e contratação do projeto e uma pequena parte de contrapartida municipal.

O edital de licitação para o projeto de engenharia do novo viaduto foi publicado pela Prefeitura em agosto de 2021, já tendo uma empresa vencedora.

Mas, a nova concessão do pedágio mudou os planos. A proposta desenvolvida em convênio com o Estado teve o andamento suspenso. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a rotatória prevista no projeto inicial não pode ser construída, por conta da ampliação de faixas de rolamento na BR-277, prevista na concessão.

A reportagem da CBN Curitiba questionou a Via Araucária, concessionária que administra o trecho da BR-277 que passa pelo viaduto do Orleans, sobre possibilidade de intervenções na região, e aguarda retorno.