A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) informou que irá reforçar o policiamento na região de Terra Roxa, no Oeste do Paraná. No local, conflitos entre indígenas e fazendeiros aumentaram o clima de tensão na região.

A área é alvo de disputas entre integrantes do povo da etnia Avá-Guarani e agricultores. Nesta segunda-feira (15), cerca de 30 indígenas ocuparam uma área onde vivem produtores rurais no município de Guaíra, próximo da fronteira com o Paraguai.

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É a segunda ocorrência do tipo registrada na região em menos de um mês. No início de julho, uma propriedade rural, localizada em Terra Roxa, também foi ocupada pelos indígenas, segundo o Sistema FAEP/SENAR-PR.

A secretaria informou que, além da ocupação nas cidades, diversos protestos acontecem na área em disputa. O secretário Hudson Leôncio Teixeira, responsável pela segurança pública, irá participar, nesta quarta-feira (17), de uma reunião em Terra Roxa.

O local integra a área em demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira. Além de Guaíra e Terra Roxa, a área também abrange parte do município de Altônia. O Ministério dos Povos Indígenas e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) acompanham a situação.

O encontro desta quarta-feira deve reunir ainda representantes da Funai, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Justiça Federal, Polícia Federal, Batalhão de Fronteira, prefeitura, Ministério Público, sociedade civil e outros órgãos.

No conflito registrado nesta segunda em Guaíra, um agricultor teria ficado ferido. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) precisou ser acionada para prestar socorro. Autoridades acompanham a situação no local do confronto.

O Sistema FAEP/SENAR-PR criticou, por meio de nota, o que considera como “passividade do poder público em controlar as invasões”. Em janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou a suspensão de ações judiciais sobre o assunto.

A CBN Curitiba tentou contato com os representantes do povo Avá Guarani, mas não obteve resposta.