A tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul é motivo de preocupação por conta das constantes mudanças climáticas enfrentadas nos últimos anos. No Paraná, autoridades seguem atentas aos riscos que as chuvas intensas podem trazer para a população.

Há poucos meses, o Paraná vivenciou uma situação semelhante. Em outubro do ano passado, uma série de temporais causou estragos em municípios do interior, como União da Vitória e São Mateus do Sul. A Defesa Civil chegou a indicar que mais de 100 mil pessoas foram atingidas.

O assessor de comunicação da Defesa Civil no Paraná, Capitão Marcos Vidal da Silva Junior, explicou que o órgão é o responsável pela prevenção e ação em casos de desastres. Ele disse que a Defesa Civil é a responsável por gerenciar os riscos.

O órgão conta com uma central de informações em Curitiba, a qual é a responsável por monitorar as informações climáticas divulgadas pelos institutos de meteorologia. A partir dessas informações, são emitidos alertas para as pessoas e também para as autoridades.

Quando os temporais saem do controle, a Defesa Civil atua com estruturas de atendimento e ajuda humanitária nos pontos onde há necessidade. O capitão reforçou que o Paraná conta com uma estrutura de equipes de resgate e assistência para atuar em eventos climáticos extremos, gerenciando uma rede de apoio à população.

Em Curitiba, as maiores preocupações são com os efeitos climáticos do calor e da chuva. O diretor de Mudanças Climáticas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Felipe Maia Ehmke, alerta para os maiores riscos identificados em Curitiba por conta do tempo. Ele aponta, ainda, que a temperatura tem aumentado na cidade.

Por conta disso, a capital paranaense conta com um projeto para evitar transtornos em casos do tipo. Em 2020, a prefeitura lançou o Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas. Nele, estão previstas várias ações para tentar reverter a situação gerada pelas alterações no clima por conta da poluição ambiental.

O plano criado pela prefeitura leva em consideração, ainda, o processo de urbanização e os danos causados por conta da vulnerabilidade ambiental e socioeconômica da população, em especial as mais carentes. O documento aponta que já são identificadas alterações ambientais por conta do calor e da qualidade da água e do ar.