Nesta semana, a perícia da Polícia Científica concluiu o laudo psiquiátrico de João Guilherme, homem que foi flagrado esfaqueando e matando clientes de um bar em Curitiba. A CBN Curitiba teve acesso ao documento, que está em sigilo processual, que relata que o acusado passou por uma instabilidade emocional e que fez uso deliberado e consciente do que o laudo chama de substância psico perturbadora, depressora do Sistema Nervoso Central. Os peritos também apontam um conjunto de elementos consoantes ao quadro mental de intensidade e gravidade, com total repercussão na capacidade de entender o caráter de ilicitude.

O advogado de defesa de João Guilherme, Khalil Aquim, confirmou que o laudo foi anexado ao processo, que estava suspenso, mas disse que não pode comentar o resultado já que a análise está em sigilo. Ele afirma que, com o resultado, a Justiça deve dar continuidade ao rito processual, inclusive com a marcação de uma audiência.

Em depoimento à Polícia Civil, o homem afirmou que fazia tratamento contra depressão e transtorno de personalidade e que não tinha tido qualquer problema de saúde mental anterior. João Guilherme também contou que havia saído de casa dois dias antes do ataque, após ter sido expulso pela mãe. O rapaz negou qualquer motivo para o crime.

O promotor de Justiça, Lucas Cavini Leonardi, do Ministério Público do Paraná (MPPR), explica que a denúncia feita contra o suspeito envolve não só o assassinato de um dos clientes, mas também o ferimento causado em outras vítimas e os meios empregados.

Já José Vitor Pinhão, delegado da Polícia Civil, disse que o crime pode ter sido premeditado, apesar de as testemunhas terem contado que o rapaz não interagiu com as vítimas antes. O delegado descreve como a sequência de fatos aconteceu até que o ataque fosse feito.

O crime aconteceu no dia 22 de julho de 2023. Ainda não há data e nem uma definição de quando o julgamento deve acontecer.