Foi pelas redes sociais de outros soldados que a irmã de Antonio Hashitani descobriu que ele teria morrido em combate na Ucrânia. O jovem de 25 anos, que trancou a faculdade de medicina na PUC-PR, era considerado um altruísta e defensor das causas humanitárias. De acordo com Francielle Hashitani, ele saiu do Brasil em 2022 para uma missão na África Central, mas este ano teria decidido ser voluntário das tropas ucranianas.

Laíssa Loraine, amiga de Antonio, também disse que viu com surpresa a ida dele para a Ucrânia e que o perfil humanitário descreve completamente quem era o jovem.

Antonio Hashitani, combatente curitibano morto na guerra da Ucrânia. “Ele tinha essa coisa de ajudar bastante. Era a missão de vida dele”. Imagem: redes sociais.

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Sem vínculo de descendência com ucranianos, Antonio foi auxiliar na defesa do território em Bakhmut, considerada a linha de frente mais sangrenta da guerra no momento. Francielle destaca que após a morte do irmão, soldados brasileiros se voluntariaram para uma missão de resgate do corpo dele, mas que até o momento não teria sido autorizada pelo exército ucraniano.

Procurado pela CBN Curitiba, o Ministério das Relações Exteriores informou que, “por meio da Embaixada em Kiev, foi comunicado do fato pelas autoridades competentes ucranianas e está em contato com familiares do nacional para prestar-lhes a assistência cabível”. Ainda de acordo com o Itamaraty, outras informações não podem ser divulgadas sem autorização de familiares.