O ESG, que em português é ASG (A de ambiente. S de social. G de governança), refere-se às boas práticas quanto ao meio ambiente, à questão social e à governança corporativa.

O tratamento ao meio ambiente é assunto mais antigo e, dada a importância para a vida no planeta e para a economia, é tema que não sairá de moda e deve estar na preocupação de todos, pois precisamos cuidar e preservar os recursos da natureza para nosso próprio bem.

Quanto à questão social, o mundo atingiu 8,2 bilhões de habitantes e é grande o número de pobres, miseráveis, doentes, moradores de rua etc. Trata-se do principal problema social que a humanidade tem pela frente.
A governança é um tema vinculado às empresas, às instituições governamentais e às organizações sociais. Resumidamente, governança diz respeito às práticas comerciais, ambientais, legais e humanas em seus aspectos éticos e humanitários.

Neste comentário, quero focar a enorme carência e até mesmo o descuido das empresas familiares e das famílias empresárias quando à governança, sobretudo, quanto à estratégia para perpetuar a empresa além da vida dos fundadores e o problema da sucessão patrimonial e administrativa.

É grande o descuido e a falta de atenção de grande parte do empresariado quanto à governança da condição familiar da empresa e da condição empresária da família.

Esse problema é sério no Brasil todo. No Paraná, um relatório da empresa de auditoria KPMG, publicado em 2020, informou que somente nos nove primeiros meses de 2019, um total de 53 empresas paranaenses foram vendidas para grupos de fora do Paraná.

No Estado, é muito grande o número de empresas que, quando crescem, ou quebram, ou fecham sem quebrar ou são vendidas para grupos de fora do Paraná.

Se a condição familiar da empresa e a condição empresária da família não forem devidamente tratadas, principalmente o planejamento sucessório, muitas empresas com boas práticas de ESG ou ASG irão falhar na governança fundamental para sobreviverem além da vida física de seus donos…

…e aí acabarão falindo, sendo fechadas sem falir ou simplesmente sendo vendidas em razão dos problemas familiares. É isso!

Quer ouvir a coluna completa desta segunda-feira (11), com José Pio Martins? Confira:

José Pio Martins, economista, professor, palestrante e consultor de economia, finanças e investimentos.