Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Paraná possui 30.466 indígenas morando no estado e a média de idade dessa população é de 27 anos. As etnias Kaingang, Guarani e Xetá vivem em 80 comunidades ou aldeias, distribuídas em 56 cidades no estado. Os dados são do aplicativo Geoindígena, criado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). O sistema reúne diversas informações sobre as populações indígenas no estado, como, por exemplo, em quais cidades estão esses grupos, quantas pessoas vivem em cada localidade, qual a quantidade de crianças e idosos, se há escolas ou unidades de saúde próximas, entre outras.

Com esse banco de dados a ideia é que as políticas públicas sejam desenvolvidas com cada vez mais precisão, levando essa população a ter acesso, por exemplo, a atendimento médico e vacinas, escolas e benefícios sociais, como explica o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça (Caop) dos Direitos Humanos, unidade que abriga o Núcleo de Proteção aos Direitos dos Povos Indígenas (Nupin) do MPPR, procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto.

Ainda conforme o Censo de 2022, dos 399 municípios paranaenses, 178 apresentaram aumento das suas populações indígenas. São 345 cidades com registro de ao menos um indígena autodeclarado – 86% do total. O promotor de Justiça Rafael Osvaldo Machado Moura, que também atua no Nupin do MPPR, afirma que o principal problema relacionado aos direitos desta população é com relação às terras.

Ele também ressalta que outros pontos necessitam de atenção.