A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Curitiba vai encaminhar uma representação formal ao Conselho de Ética da Casa sobre o caso de acidente de trânsito envolvendo a vereadora Maria Letícia (PV). De acordo com a Câmara, será dado prosseguimento ao devido processo legal para apurar a conduta da vereadora e a possível quebra de decoro parlamentar.

A decisão acontece quatro dias após a Corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba optar por não sugerir a cassação do mandato da vereadora Maria Letícia por infrações cometidas por ela no final do ano passado. Em 25 de novembro, a vereadora causou um acidente ao colidir com um carro estacionado, na Alameda Augusto Stellfeld, próximo ao bairro Bigorrilho. Ninguém se feriu no caso.

A decisão do corregedor da Câmara Municipal de Curitiba, Ezequias Barros (PMB), foi sugerir o recebimento de censura pública ou uma suspensão de prerrogativas. A medida foi encaminhada para a Mesa Diretora do Legislativo, que optou pelo prosseguimento ao Conselho de Ética, conforme divulgação nesta sexta-feira (19). Será instaurada uma junta de instrução, com presidente e relator, para analisar o caso.

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A parlamentar foi detida em flagrante por dirigir apresentando sinais de embriaguez e levada à Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran), onde permaneceu em silêncio durante o depoimento. Ela deixou a unidade após a Justiça aceitar um pedido de liberdade apresentado por sua defesa.

Posteriormente, a vereadora alegou utilizar medicamentos para uma doença no nervo óptico que poderiam causar sonolência, amnésia, dificuldade na fala e confusão mental.

A assessoria da vereadora Maria Letícia, por meio de nota, informou que respeita a decisão e que a “situação foi esclarecida”, não havendo nada que vincule o caso à atividade de mandato. Confira:

“Embora respeitem a decisão da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Curitiba, a defesa da vereadora Maria Leticia (PV) e ela mesma entendem que a situação ficou esclarecida e que não há nada que vincule o caso à atividade de mandato. A parlamentar realizará sua defesa diante do Conselho de Ética, onde espera que os fatos sejam elucidados e tudo seja resolvido dentro da legalidade”.