No início do ano houve um grande aumento nos casos de gripe, causando uma grande preocupação especialmente com as crianças, ainda mais em um período em que não era vista a transmissão da doença de forma rápida como acontece, geralmente, entre o outono e o inverno.

Nesta segunda-feira (4), foi dado início a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe e as doses aplicadas são trivalentes, atuando na proteção contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B.

Em 2021, a campanha de vacinação contra a gripe não atingiu o mínimo estipulado pelo Ministério da Saúde que é de 90% do público-alvo imunizado. No Paraná, o índice ficou em 68,7%.

Neste ano, o Paraná chegou a declarar epidemia de H3N2. A medida foi revogada na última semana pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA).

Por conta disso, o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, fez um alerta para a importância da imunização, essencial para evitar as formas graves da infecção pelo vírus.

A médica responsável pelo Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloísa Giamberardino, explica que a influenza é uma infecção viral e também com potencial pandêmico e a vacinação é a única forma de combater o vírus.

A campanha da vacinação contra a gripe acontecerá em etapas. A primeira, que segue até o dia 02 de maio, é para imunização dos idosos, com mais de 60 anos.

Já a vacinação das crianças, de seis meses a menos de 05 anos, deve acontecer entre 03 de maio à 03 de junho.

Heloísa Giamberardino reforça que, com a continuidade da vacinação contra a Covid-19, não há necessidade de intervalo entre as vacinas e que elas podem ser feitas de forma simultânea.

Em Curitiba, por exemplo, a quarta dose da vacina anticovid e a vacina contra a gripe acontece simultaneamente em 10 pontos de imunização. No entanto, o público está sendo chamado por faixa etária.

Nesta terça-feira (5), por exemplo, são vacinados os idosos nascidos até 1940. Na quarta-feira (6), será a vez dos idosos nascidos até 1941.

No caso da vacina contra a Covid-19, além de se encaixar na faixa etária convocada, é necessário ter atingido o intervalo mínimo de 120 dias desde a aplicação da terceira dose (primeiro reforço).

Recomendação da Sesa

Na última sexta-feira (1), a Sesa recomendou que os municípios com doses disponíveis avancem com a aplicação da quarta dose para idosos com mais de 60 anos.

No entanto, em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde segue com a aplicação escalonada por idade para que seja possível imunizar os idosos com as duas vacinas.