O teste rápido para a detecção de anticorpos para o vírus da dengue auxilia no diagnóstico de infecção primária e secundária. Para obter um resultado mais eficaz, o teste pode ser feito após quinto dia de suspeita da infecção.

O preço dos exames varia entre R$ 80 e R$ 120 e podem ser encontrados em algumas farmácias.

O farmacêutico Vinícius Daniel explicou como funciona o exame que fica pronto dentro de 15 minutos.

Pessoas que estiveram em regiões onde há grande incidência de casos e apresentam sintomas característicos da doença podem fazer o teste.

Os principais sintomas da dengue são febre alta, acima de 38 ºC; mal-estar; fadiga; dor de cabeça; dor no corpo e nas articulações; dor atrás do olhos, que é um sinal característico da doença; perda de apetite; náuseas e vômitos; além de manchas vermelhas pelo corpo.

Em alguns casos, a dengue pode apresentar sintomas mais graves. Os quatro sorotipos do vírus podem evoluir para uma forma grave da doença, mas a incidência é mais comum após a segunda ou terceira infecção por dengue. Ou seja, se a pessoa já contraiu dengue uma vez é importante ficar atenta aos sintomas.


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Além disso, alguns grupos apresentam maior risco de desenvolver complicações de saúde, como pessoas com diabetes, hipertensão, gestantes, crianças e idosos.

Os sintomas mais graves são dor abdominal intensa; vômitos persistentes; letargia; sangramento nas mucosas, como gengiva e nariz; hipotensão postural, que é a queda da pressão arterial após se levantar; e hepatomegalia, caracterizado pelo aumento do fígado. Esses são sinais de um quadro que pode levar ao choque e também à morte. Por esse motivo, é fundamental buscar atendimento médico assim que notar algum desses sintomas.

Marcos Tendler, membro do conselho de administração da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas falou sobre a importância de fazer o teste para detecção da dengue e também alertou para que as pessoas tomem a vacina contra a doença.

Segundo Marcos Tendler, o imunizante deve ser administrado em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses, e oferece proteção permanente. Além disso, a vacina pode ou não ser administrada junto com outros imunizantes.

As doses do imunizante contra a dengue que o Paraná vai receber do Ministério da Saúde são insuficientes para atender todos os públicos. O primeiro lote vai ser distribuído para 30 municípios das regionais de saúde de Londrina e Foz do Iguaçu. As vacinas são destinadas para o público de 10 a 14 anos, que apresentam os maiores números de internações pela doença.

O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é indicado para pessoas entre 4 a 60 anos de idade, independentemente se a pessoa já teve a doença previamente ou não. A vacina protege contra os quatro tipos existentes de dengue.

A preocupação com o número de infectados só aumenta, pois o Paraná já contabilizou quatro mortes desde que teve início o novo período epidemiológico em julho de 2023.

A primeira morte foi confirmada em novembro do ano passado. O homem, de 69 anos, tinha comorbidades. A vítima era moradora de Marilena, no Noroeste do Paraná.

No último boletim epidemiológico divulgado pela Secretária de Saúde do Paraná (Sesa), na semana passada, mais duas pessoas morreram em decorrência da dengue. Uma mulher, de 39 anos, sem comorbidades, que morava em Mariluz, no Noroeste do estado, e um idoso, de 82 anos, também sem comorbidades, morreu na cidade de Cambé, no Norte paranaense.

A última morte registrada no estado foi confirmada na sexta-feira (26), na cidade de Siqueira Campos, região Norte Pioneiro. Uma mulher, de 37 anos, morreu em um hospital de Jacarezinho, 12 horas após dar entrada da unidade hospitalar. Segundo informações, cinco dias antes da morte, a vítima apresentou sintomas de uma gripe muito forte. De acordo com o boletim médico, a mulher teve complicações cardíacas causadas pela dengue.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Paraná está entre os três estado que mais registraram casos de dengue em todo o país até o momento. Fica atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo.

Conforme a Secretária de Saúde do Paraná, há quase 16,7 mil casos de dengue confirmados em todo o estado.