Ferramentas e recursos de inteligências artificiais estão sendo buscadas por diversas áreas do setor público e privado para inovar ou auxiliar diretamente no trabalho. Esse é o caso do sistema jurídico paranaense, que vê nas IAs potencial para acelerar processos que demandam mais tempo.

Esses exemplos práticos na Justiça e também no mercado de trabalho foram apresentados durante fórum sobre inteligência artificial promovido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), nesta quinta-feira (25).

O desembargador no Tribunal de Justiça do Paraná e mediador no evento, Naor Ribeiro de Macedo Neto, explicou que a IA deve estar presente em todos os aspectos da sociedade dentro de dois anos. No ramo jurídico, ele não acredita em “substituição”, mas sim no suporte ao profissional.

No Paraná, um dos primeiros sistemas com auxílio dessa ferramenta acontece dentro da advocacia. Trata-se da possibilidade de um magistrado ou servidor fazer um questionamento de jurisprudência dentro da IA. Em seguida, a plataforma gera uma resposta com base nos registros do sistema.

Além dos avanços e estudos em como tornar a inteligência artificial mais presente em serviços públicos para auxiliar a sociedade, o tema também se estende no setor privado. Em softwares e aplicativos utilizados no dia a dia, muitos processos são “interpretados” por inteligências artificiais, conectadas ou não à internet. O presidente da Faciap, Fernando Moraes, o assunto deve ser discutido para mitigar os lados prejudiciais das IAs.

Ele também citou que o estado do Paraná já trabalha com essas oportunidades de inovação por meio das secretarias, o que mostra que o estado está “avançado” dentro desse ramo.

No mês passado, inclusive, o Governo do Paraná já havia anunciado a necessidade de diretrizes para adoção de inteligências artificiais no setor público de forma ética, pensando no uso para automatização de processos em serviços com necessidade de lidar com alto volume de documentos, por exemplo.