Os principais hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba estão com as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) lotadas. Em alguns casos, as unidades de saúde estão tendo que realizar a realocação de pacientes por conta da alta na quantidade de urgências.
No Hospital Universitário Cajuru, referência no atendimento às vítimas de traumas na Região Metropolitana de Curitiba, tanto o pronto-socorro quanto a UTI operam acima da capacidade máxima. Segundo a instituição, não há previsão de normalização. Há, inclusive, períodos de restrição dos encaminhamentos.
No Hospital do Trabalhador, que tem 30 leitos de UTI para adultos, oito de UTI para recém-nascidos e dois para a UTI pediátrica, a situação também é crítica, com todas as vagas ocupadas. No Hospital Evangélico Mackenzie, todos os 100 leitos de terapia intensiva estão ocupados.
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A atenção também tem sido com relação à alta nos casos de gripe. Entre fevereiro e março, o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, registrou alta de mais de 1000% nas ocorrências da doença. O índice saltou de 30 para 348 casos. O médico infectologista do hospital explicou como as mudanças no clima tendem a aumentar a necessidade de atendimento.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (SESA) informou que conta com um processo permanente de encaminhamento de pacientes conforme a demanda e a gravidade de cada caso.
A pasta apontou ainda que, caso haja vaga em uma unidade hospitalar, a Central de Regulação de Leitos realiza a realocação dos pacientes. Recentemente, o diretor-geral da SESA, César Neves, disse que a situação ainda está sob controle.
A SESA indicou que o estado conta com uma ampla rede hospitalar na qual são concentrados os pedidos de transferência de pacientes entre os serviços de saúde, e que o remanejamento de pacientes é comum, podendo acontecer dentro dos municípios que compõem as macrorregiões paranaenses, de acordo com a disponibilidade do serviço.
César Neves destacou que a dengue é outro fator que causa preocupação nas unidades de saúde, por sobrecarregar os pronto-atendimentos. A situação tem sido registrada, em especial, no interior do Paraná. Mesmo assim, o panorama requer atenção das autoridades.
A pasta afirmou que todos os pacientes encaminhados estão sendo atendidos, sem que haja qualquer tipo de desassistência, até que a transferência seja viabilizada, considerando ainda a gravidade de cada pessoa e a disponibilidade do leito específico para realizar o atendimento de quem necessita no caso.