Os hospitais e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) localizados em Curitiba registraram uma grande fila de espera e alta taxa de ocupação entre o final de semana e esta segunda-feira (1º). Em alguns deles, houve falta de vagas. As ocorrências foram nas UPAs do Boa Vista e Cajuru e nos hospitais do Cajuru, Evangélico e do Trabalhador.

Na UPA do Cajuru, a situação durante a tarde desta segunda (1º) era complicada, segundo o ouvinte da CBN Curitiba, Célio Borba. Ele apontou que os pacientes tiveram que esperar embaixo de sol durante horas e disse que crianças e idosos, que estavam passando mal, precisaram aguardar por mais de seis horas para conseguir atendimento.

Na UPA do Boa Vista, a fila de espera teria passado de quatro horas no domingo (31) para os pacientes que necessitavam de atendimento. A prefeitura informou que a situação já estava normalizada nesta segunda (1º), e que a fila era inferior a duas horas.

Por meio de nota, a prefeitura de Curitiba indicou ainda que o monitoramento do sistema de saúde é constante e que ele é modulado conforme a demanda, a gravidade e os tipos de problemas de saúde. A Secretaria Municipal de Saúde disse que os casos urgentes não necessitaram aguardar atendimento.

Nos hospitais, o problema era a falta de vagas. O Hospital Evangélico Mackenzie informou que as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ficaram lotadas e que o atendimento no pronto-socorro não foi paralisado. Dos 483 leitos existentes, 426 são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 100 de UTI; e 55 leitos são para convênios e pacientes particulares, sendo 10 para terapia intensiva.

No Hospital do Trabalhador, também houve registro de lotação na UTI e nos leitos de enfermaria. O diretor-geral da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná, César Neves, disse para a CBN Curitiba que o aumento na ocupação tem relação com o feriado prolongado de Páscoa no último fim de semana.

O Hospital do Trabalhador tem 222 leitos para internações, sendo 30 leitos de UTI para adultos, 8 de UTI para recém-nascidos e dois para a UTI pediátrica. O representante da pasta informou que o feriado retira a demanda das unidades básicas, que ficam fechadas, e aumenta a fila nos complexos de urgência.


SAIBA MAIS:


Com relação aos hospitais da Região Metropolitana de Curitiba atendidos pela Secretaria de Estado de Saúde, o diretor-geral disse que a alta demanda não diminuiu a capacidade de atendimento para a população e reforçou que as instituições trabalham em conjunto com as prefeituras.

O porta-voz pontuou que há reforço na quantidade de profissionais que atuam nas equipes responsáveis por atender a população durante o feriado. Porém, ele destacou que a dengue é outro fator que causa preocupação nas unidades de saúde, por sobrecarregar os pronto-atendimentos.

Desde domingo (31), o Hospital do Cajuru funciona com capacidade máxima. A instituição afirmou que o pronto-socorro e os leitos de UTI operam com lotação máxima, exigindo restrição de encaminhamentos, em alguns momentos, por conta da alta demanda de emergências.