Neste final de semana, 37 militares do Corpo de Bombeiros do Paraná que estavam em ação no Rio Grande do Sul retornaram para suas casas. A equipe trabalhou durante 10 dias na cidade de Canoas, uma das mais afetadas por conta dos temporais e alagamentos que atingiram o estado gaúcho.

Cerca de 80% da cidade ficou destruída por conta da enchente. Desde o início da operação, mais de 90 bombeiros atuaram no estado. No entanto, o direcionamento mudou.

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O coronel Antônio Hiller explicou que a possibilidade de uma cheia em Pelotas, ao sul do estado, exigiu que novas equipes fossem para lá.

Neste final de semana, 23 militares foram para o Rio Grande do Sul. Eles compõem a terceira equipe de bombeiros que irão ajudar nos resgates na região. Neste momento, os trabalhos são focados em orientação e remoção de moradores. O soldado Tiago Lima falou sobre as dificuldades da operação.

A emoção também ficou por conta da família. A esposa de Tiago, Daniela Pereira, narrou a sensação de receber o marido de volta em casa. Junto dos dois filhos, ela foi até a sede do Corpo de Bombeiros, em Curitiba, para homenagear o militar. Ela conta que a ação dele é inspiradora.

O cabo Rodrigo Pereira Araújo também retornou dos resgates realizados no Rio Grande do Sul. Em conversa com a imprensa, ele apontou o que encontrou no estado gaúcho. O militar esteve presente em resgates realizados na explosão do silo em Palotina e na enchente de União da Vitória.

Na nova equipe enviada para o Rio Grande do Sul, também foram mandados dois cães para ajudar nas buscas de vítimas. O sargento Alexandro Veiga do Prado Cunha esteve, pela primeira vez, em um caso do tipo. Após retornar do estado gaúcho, ele lembra da importância do trabalho de ajudar o próximo.

No Rio Grande do Sul, mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas por conta da chuva e cerca de 650 mil seguem fora de casa. Mesmo com a diminuição do nível das águas do Guaíba, várias cidades seguem alagadas e a situação ainda é de calamidade pública.