Uma reunião com lideranças indígenas marcou nesta quarta-feira (15) o lançamento oficial do Observatório da Violência contra as Mulheres Indígenas, organizado pela Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR), por meio do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (NUDEM).

Segundo a defensora pública, Mariana Nunes, esse é o começo de uma articulação permanente para a construção de respostas às situações de violências de gênero vividas por mulheres indígenas dentro e fora de seus territórios.

A falta de dados sobre as violências sofridas por mulheres indígenas foi o que levou à ideia da criação do Observatório, que vai ter a função de registrar casos já relatados informalmente e que mostram situações de vários tipos de violências: física, sexual, patrimonial, política, obstétrica, simbólica e psicológica.

O Observatório também é uma resposta à reclamação das mulheres indígenas de não se sentirem representadas nas instâncias de poder e tomada de decisão.

Dados do Censo Demográfico 2022 mostram que no Paraná há 15.423 mulheres indígenas: 7 mil vivem em terras indígenas e 8,4 mil mulheres fora dessas áreas.