No Paraná, a dengue é diagnosticada de diferentes maneiras: critério clínico epidemiológico, feito pelos médicos no momento da consulta; exame laboratorial de sorologia; e exame RT-qPCR. Esses dois últimos são coordenados pelo Lacen, Laboratório Central do Paraná, com investimento anual superior a um milhão de reais.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, independentemente da metodologia utilizada para a confirmação, quando há suspeita de dengue, o tratamento no paciente é iniciado imediatamente.
O diagnóstico por critério clínico epidemiológico é utilizado quando o paciente é sintomático e reside ou teve passagens por regiões que estão com infestação do mosquito transmissor. Já o método RT-qPCR é o padrão ouro de exames de dengue e de outras doenças virais. Neste procedimento é possível identificar o RNA viral presente na amostra de sangue, especialmente durante os primeiros cinco dias de infecção.
SAIBA MAIS:
-
Ministério da Saúde amplia vacinação contra a dengue; medida não valerá no Paraná
-
Pela 1ª vez, casos autóctones de dengue em Curitiba superam casos importados
Já o teste de sorologia ELISA IgM identifica se aquele paciente possui anticorpos produzidos pelo sistema imunológico em resposta à infecção pela dengue.
Com o aumento no número de casos de dengue no Paraná, o laboratório recebe em toda essa rede, diariamente, duas mil amostras para testagem. Segundo a diretora técnica do Lacen, a análise dessa amostragem ajuda a guiar políticas públicas na área da saúde
Carla Bortoleto é farmacêutica bioquímica e trabalha no Setor de Imunologia do Lacen. Ela descreve o processo para a revelação dos resultados referentes aos casos.
Segundo a farmacêutica bioquímica do Lacen, Mayra Marinho Presibela, a maneira que a amostra é trabalhada gera influência direta nos resultados.
Em média, o processo entre o recebimento das amostras e o resultado leva até sete dias. Nos últimos meses, metade das amostras tem resultado positivo. Para dar suporte nas análises de maneira regionalizada, o Lacen coordena a demanda em outros seis laboratórios, localizados em Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Jacarezinho e Paranavaí.
*Com informações da AEN.
Editado por Lucca Gomes com supervisão de Felipe Harmata