O Paraná apresentou um aumento de 3% nas receitas correntes em 2023, alcançando R$ 62,7 bilhões. Ao mesmo tempo, a dívida do Estado ficou em R$ 29 bilhões, uma queda de R$ 1 bilhão em comparação com o ano de 2022. Os dados são do Relatório de Gestão Fiscal, que foi apresentado pela Secretaria da Fazenda do Estado (SEFA) nesta terça-feira (27), em audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná.

O Paraná registrou um resultado primário de R$ 570 milhões, mas também R$ 5,8 bilhões em despesas empenhadas e não pagas. A diferença entre os dois números resulta em um déficit de R$ 5,26 bilhões. Os dados também indicaram que o Paraná teve uma despesa corrente de R$ 54,4 bilhões, um aumento real de 12% em comparação com 2022.

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Para a diretora-geral da Secretaria da Fazenda do Paraná, Marcia do Valle, os números são bons e permitem que o Estado cumpra com seus compromissos. Mesmo assim, ela reforça que o ajuste fiscal precisará ser feito durante o ano de 2024 para equilibrar as contas, já que também houve aumento de despesas.

Já a maior parcela da receita veio de impostos, taxas e contribuições de melhoria (R$ 34,4 milhões). Em relação aos investimentos, o Paraná destinou R$ 15,8 bilhões à educação e R$ 5,9 bilhões à saúde, valores que representam 32,9% e 12,3% das receitas líquidas de impostos, respectivamente. Segundo a diretora-geral, o Paraná vai cumprir com todas as despesas já adquiridas, o que inclui pagamento do funcionalismo e repasse para diferentes setores.

Em relação à Capacidade de Pagamento (CAPAG), o estado manteve Nota B, mas a expectativa da secretaria é de que o Paraná alcance a Nota A no segundo semestre de 2024. O índice representa a qualidade da gestão fiscal e pode trazer vantagens em relação a operações de crédito quando há uma nota maior.