A população do Paraná deve parar de crescer a partir de 2045, quando chegar a 12.463.834 habitantes. O crescimento em 21 anos deve ser de 5,4%, uma diferença de 639.169 habitantes, quando comparado com o número deste ano de 2024: 11.824.665 habitantes. Em 2044 o Paraná deve atingir o pico populacional: 12.466.496. Os dados mostram ainda que as mulheres serão maioria em 2045 – 79% do total estimado (6.413.708). Já as pessoas com mais de 60 anos serão maioria em 2045 – 47,5% do total. 24,3% da população será de crianças de zero a 14 anos. A projeção é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (22).

Segundo a instituição, o levantamento utiliza dados provenientes de diversas fontes, como os três censos demográficos mais recentes (2010, 2010 e 2022), a série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974) o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), ambos do Ministério da Saúde, entre outros.

De 2024 a 2070, a idade média dos paranaenses passará de 36,4 para 48 anos. No mesmo período, a proporção de idosos subirá de 17% para 36,9% da população. Em 2024, o IBGE projetou um total de 2,01 milhões de paranaenses idosos, número que deverá mais do que dobrar até 2070, quando as estimativas apontam para cerca de 4,23 milhões pessoas com 60 anos ou mais residentes no Estado.

Além da presença de mais pessoas na faixa da terceira idade, elas também viverão por mais tempo. A expectativa de vida para um paranaense nascido em 2000 era de 72,2 anos, passando para 76,8 anos em 2024 e 83,9 para os nascidos em 2070, segundo as atuais projeções.

Na mesma publicação em que projeta a população nacional e dos estados para as próximas décadas, o IBGE também analisou a taxa de fecundidade das mulheres brasileiras. Apesar de seguir uma tendência nacional de redução no número de filhos por mulher iniciada na década de 1960, o Paraná tem atualmente a maior taxa de fecundidade do Sul do Brasil.

Cada mulher paranaense tem, em média, 1,59 filho, enquanto essa proporção é de 1,58 entre as catarinenses e de 1,51 entre as gaúchas. A proporção de nascimentos do Estado também supera a média nacional, que é de 1,57 por mulher.

Essa taxa de fecundidade também tem influência direta nas projeções populacionais traçadas pelo IBGE. Enquanto a população brasileira de modo geral deve parar de crescer em 2041, quando chegará a 220,4 milhões de habitantes, o Paraná chegará ao seu patamar máximo (12,46 milhões) apenas três anos depois.