Os servidores da Polícia Civil do Paraná aderiram a uma operação padrão em alguns serviços. A categoria não está satisfeita com o novo plano de cargos e salários que foi colocado em vigor pelo governo do estado.

Atualmente, o quadro do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná, Sinclapol, engloba cerca de dois mil filiados nas funções de investigador, escrivão, papiloscopista e agente de operações, de acordo com Valquíria Tisque, presidente da entidade. A categoria decidiu em assembleia geral por aderir a uma operação que reduz o ritmo dos serviços prestados, após a paralisação realizada no último dia 29 de abril.

O descontentamento é motivado pelo novo plano de cargos e salários elaborado pelo governo, que já está em vigor. Entre as principais reclamações está a falta de valorização dos profissionais.

 

Valquíria Tisque também denuncia a falta de equipamentos adequados para o exercício das funções. Poucas armas e munições e viaturas sucateadas estão entre os problemas.

 

Os sindicatos que representam os delegados da Polícia Civil do Paraná, Adepol e Sidepol, também confirmaram adesão e mantém publicações nas redes sociais das entidades. Os delegados chegaram a ficar um mês sem gravar entrevistas para a imprensa sobre os casos investigados, para chamar atenção para as condições das delegacias.

Por meio de nota divulgada pela Secretaria de Comunicação do estado, o governo deu resposta às reclamações apresentadas pelos servidores públicos. “Para proporcionar condições adequadas de trabalho aos profissionais da Segurança Pública, o Estado investe sistematicamente na modernização da frota de viaturas e na aquisição de novos armamentos. Nesta gestão carros antigos têm sido substituídos por veículos zero km.

O Governo do Estado também tem investido na reestruturação das carreiras da Polícia Militar, Polícia Científica e Polícia Civil, além da regulamentação definitiva da Polícia Penal. Houve valorização real de até R$ 1.000,00 em algumas classes. O objetivo do pacote foi ajustar principalmente os salários da base das polícias, valorizando aqueles que ganhavam menos. Também foi aprovado o auxílio-alimentação, que para as forças de segurança foi instituído no ano passado.

O investimento na melhoria da remuneração dos profissionais da segurança vai custar aos cofres do governo R$ 400 milhões ao ano. O aumento do efetivo vai ocorrer em breve. Estão em andamento novos concursos públicos para a contratação de profissionais que reforçarão as equipes.