A Polícia Civil do Paraná afirmou que não descarta a hipótese de que o crime em que um rapaz de 27 anos matou uma pessoa e feriu outras três com golpes de faca no sábado (22) tenha sido premeditado. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (25), em Curitiba.

Na entrevista, o delegado José Vitor Pinhão informou que o homem tinha ido até o estabelecimento há cerca de um ano, mas apontou que isso não teria qualquer relação com o crime. O indivíduo não teria focado em uma pessoa específica para realizar o ataque e também não houve qualquer discussão com pessoas no local.

Ataque a bar: crime pode ter sido premeditado, aponta delegado. Imagens: Bruno de Oliveira.

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O delegado contou que um garçom verificou que o rapaz tinha algumas facas guardadas na mochila. Ao tentar avisar a gerência, o crime acabou acontecendo. Um homem de 49 anos foi morto no local e outras três pessoas, sendo um cliente de 57 anos, que foi encaminhado para o Hospital Evangélico, e duas mulheres, de 43 e 22 anos, levadas para o Hospital do Trabalhador, ficaram feridos. Todos já tiveram alta.

Testemunhas que estavam no bar já foram ouvidas e outras pessoas próximas do rapaz preso devem ser intimadas a prestarem depoimento. Durante o depoimento à Polícia Civil, o rapaz também narrou ter sido expulso de casa pela mãe, e que estava há dois dias em um hotel próximo da Praça da Ucrânia.

Câmeras de segurança flagraram momento do ataque e foram analisadas pela polícia. Imagem: circuito interno de vídeo.

Com ele, estava apenas uma mochila com algumas roupas e as facas utilizadas no ataque. O delegado informou que o rapaz distribuiu alguns livros no bar antes de realizar o ataque, um deles, com temática violenta. O rapaz negou qualquer motivo para o crime. Ele deve responder por homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio.

O rapaz foi encaminhado para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A ideia da Polícia Civil é verificar, com o apoio das imagens de segurança, como o crime aconteceu. O indivíduo preso, que era cozinheiro, não tinha passagens pela polícia e ainda é apurado se havia algum tipo de desavença ou se ele havia sido demitido de seu emprego.

Procurado pela CBN Curitiba, o advogado Khalil Aquim, que representa o preso, informou: “Nós seguimos acompanhando as investigações, e não vamos nos manifestar ainda sobre versão de defesa”.

Matéria atualizada 18h36