A Polícia Civil do Paraná apreendeu, nesta sexta-feira (8), três contêineres cheios de medicamentos sem procedência em uma empresa na cidade de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação aconteceu após a prisão de um farmacêutico, na terça-feira (5), suspeito de vender remédios proibidos e vencidos.

Os investigadores identificaram que o homem vendia substâncias consideradas altamente viciantes, como morfina, metadona e fentanil. Os policiais apuraram que o rapaz comercializava a dose de fentanil, um anestésico potente, por R$ 10 mil. A delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, disse que as novidades surgiram após a prisão.

Os policiais apuraram que todos os medicamentos localizados nos contêineres pertencem ao homem preso. Após viciar o usuário, o farmacêutico passava a realizar ameaças contra a vítima e a família dela para cobrar a dívida. Ele dizia ser policial e contava já ter matado outras pessoas.

Na mesma ação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em uma farmácia e na chácara dele, localizadas na cidade de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Nos locais, foram localizadas ampolas de morfina e outras medicações injetáveis consideradas de uso restrito a hospitais, proibidas de serem comercializadas.

Na sobreloja da farmácia, foram localizadas quatro salas com centenas de medicações vencidas. A Polícia Civil encontrou ainda remédios controlados e antibióticos que eram falsificados, com data de validade suprimida para serem novamente colocados à venda. Os policiais encontraram testes de Covid, dengue e HIV fora da validade. A delegada apontou que os proprietários do local dos contêineres colaboraram com a Polícia Civil.

O homem já havia sido condenado por disparo de arma de fogo, investigado por peculato, e estava atualmente em liberdade provisória, determinada pela Justiça. A pena para os crimes praticados pelo farmacêutico, somadas, pode chegar a 30 anos de prisão.