A rodovia PR-418, conhecida como Contorno Norte, tem quase 22 quilômetros, e liga as cidades de Campo Largo a Colombo. Funciona como rota estratégica para a região metropolitana de Curitiba. Nesta via passam, todos os dias, caminhões que transportam cargas e seguem em direção tanto ao estado de São Paulo quanto ao sul do país.

Um ponto de alerta no Contorno Norte são os acidentes frequentes. De acordo com levantamento da concessionária que administra o trecho atualmente, a Via Araucária, foram registrados 118 acidentes, 10 mortes e 102 feridos nos últimos dois anos na rodovia. Os dados estão em relatório apresentado neste mês pela empresa à Câmara de Curitiba.

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Nesta semana um caminhão carregado de cal tombou na altura do km 03 do Contorno Norte e provocou a interdição da rodovia por aproximadamente seis horas, sentido Almirante Tamandaré. Ninguém ficou ferido.

O Contorno Norte está no lote 1 das novas concessões do pedágio no Paraná. O contrato prevê a duplicação total da rodovia, desde o entroncamento com Colombo até a pista dupla já existente próximo ao trevo para Campo Largo. Algo que deve ajudar a reduzir os transtornos causados pelos acidentes.

As obras devem acontecer após o terceiro ano de contrato, a partir de fevereiro de 2027. Até lá a empresa deve fazer melhoria da segurança e de funcionalidades para os usuários, como limpeza de placas, melhorias na sinalização e drenagens.

Hugo Martins Pereira, mestre em Engenharia de Transportes e Gestão Territorial e professor da Universidade Positivo (UP) chama atenção para o potencial do Contorno Norte e afirma que a duplicação ajudará no escoamento das cargas.

O especialista diz ainda que as obras previstas são suficientes para melhorar o tráfego na região, desde que realmente saiam do papel.

Entre as obras do Contorno Norte está previsto também um novo viaduto no km 6, atual trevo da Coopercarga, e outro no km 12, substituindo o trevo da Rua das Amoreiras. Também serão implementadas duas novas trincheiras, uma no km 1, no trevo ao término da pista dupla, e outra no km 17, substituindo a estrutura já existente.

O lote prevê ainda passagem de fauna entre os km 11 e km 12, e construção de caixa de contenção de líquidos perigosos no cruzamento com o Rio Tanguá e com outros cursos d’água.