Desaparecido em 15 de fevereiro de 1992, com apenas 8 anos de idade, Leandro Bossi pode ter sido vítima do tráfico humano. Para o irmão, Lucas Bossi, ele está vivo, mas provavelmente em outro lugar, com outra família.

Segundo o último relatório sobre tráfico de pessoas divulgado pelo governo federal, entre 2017 e 2020 foram contabilizadas 615 vítimas deste tipo de crime – 37,2% eram crianças. Coordenadora da Política de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Silvia Xavier, destaca que o esclarecimento sobre o tema é importante para que todos possam denunciar.

Segundo a coordenadora, o Paraná se tornou referência no combate ao tráfico de pessoas no país por possuir uma rede de atendimento estruturada e possui parceira com a Organização Internacional para Migrações (OIM).

Por ter um índice de subnotificação alto, as denúncias do tráfico de pessoas são mais que necessárias para que os casos sejam resolvidos. Em 2021, segundo dados da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho do Paraná (Sejuf), o estado registrou 263 denúncias e em 2022 até o momento são 14. O trabalho análogo à escravidão também preocupa. A partir de uma única denúncia, 100 pessoas foram localizadas nesta condição. Para a coordenadora, o número expressivo acontece devido ao aliciamento digital.

Denúncias podem ser feita de forma on line e anônima pelo site da Sejuf  (justica.pr.gov.br) e também pelo Disque 100