A Justiça de Curitiba recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná contra seis pessoas e três empresas por possíveis crimes ambientais e associação criminosa. Segundo o MP, os denunciados se uniram com o objetivo de fazer cortes ilegais de vegetação para dar mais visibilidade aos painéis e outdoors publicitários das empresas na capital. Em julho, os suspeitos chegaram a ser presos temporariamente em operação da Polícia Civil.
A denúncia sustenta que mesmo sendo três empresas jurídicas diferentes, eles atuam no mesmo ramo comercial e compartilham, em momentos distintos e de maneira alternada, os mesmos funcionários e/ou gestores, ora integrantes da associação criminosa.
Segundo o promotor de justiça, Sergio Luiz Cordoni, eles faziam o corte das árvores de forma reiterada por mais de três anos.
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Quanto ao modo de atuação, o Ministério Público sustenta que a organização criminosa percorre todos os locais em que os painéis das empresas estão instalados para verificar as condições de visibilidade, de modo que, se existirem árvores próximas ao equipamento, capazes de ‘atrapalhar’ a visibilidade do painel, os integrantes da associação criminosa contratam prestadores de serviço terceirizados e determinam o corte e/ou poda de árvores, de qualquer tamanho ou espécie, sem autorização do órgão ambiental competente.
Foram identificados pelo menos 45 casos de supressão ilegal de vegetação pelos denunciados, que, de acordo com o MPPR, atuam no cometimento dos crimes de forma reiterada e estável há pouco mais de três anos. A denúncia cita os crimes de associação criminosa, destruição de vegetação do Bioma Mata Atlântica e destruição de plantas de ornamentação de logradouros públicos, com diversas circunstâncias agravantes. Em caso de condenação, as penas podem passar de dez anos de prisão, além do pagamento de multa.
VÍDEO – Polícia monta operação contra suspeitos de crimes ambientais em Curitiba
Polícia monta operação contra suspeitos de cometerem crimes ambientais em Curitiba. Imagens: PCPR/Acervo CBN Curitiba.
Com informações do Ministério Público.
