Diretores e proprietários de três empresas de publicidade foram detidos preventivamente após a Polícia Civil (PCPR) encontrar provas de que eles estariam realizando um esquema criminoso de corte ilegal de árvores. O grupo executava a retirada da flora para ter um maior alcance na visualização de painéis publicitários instalados nas margens de rodovias e avenidas de Curitiba e Região Metropolitana, como explica o delegado responsável pela operação que prendeu seis envolvidos, Guilherme Dias.

A Justiça expediu seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão e todos foram cumpridos na capital paranaense e na cidade de Pinhais. Para tentar maquiar o rastreamento dos pagamentos do responsável pelo corte das árvores, as empresas faziam os depósitos através de contas de pessoas físicas em cargos de gerência.

Um homem responsável pelos cortes com motosserra também é investigado pela polícia, mas não foi preso preventivamente. Entre as árvores cortadas estão algumas espécies protegidas como o Ipê Amarelo. Se condenados, os envolvidos podem pegar penas que chegam a até 13 anos de prisão.

Veja o vídeo:

Polícia monta operação contra suspeitos de cometerem crimes ambientais em Curitiba. Imagens: PCPR.

NOTA:

Por meio de nota, a SEPEX-PR – Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Estado do Paraná – informou que, “na figura de representantes do setor no Estado, estamos acompanhando os desdobramentos da referida investigação dentro de nossas atribuições legais para colaborar com as autoridades e elucidar o caso e punir os responsáveis pela ação indevida. Representamos dezenas de empresas, apoiamos iniciativas do setor e contribuímos de maneira inequívoca ao progresso econômico e social de empresas e atividades dos mais diversos segmentos a partir das campanhas de mídia produzidas por nossos associados”.

A instituição ainda informou que está atenta a projetos pró-ambientais de seus parceiros, incentivando atividades que tenham um impacto positivo de sustentabilidade. “Temos nos posicionado historicamente contra ações indevidas de empresas de mídia que atuam no setor, inclusive com denúncias a órgãos responsáveis sobre irregularidades e/ou outras condutas antiéticas. Sempre de forma enfática, cobrando o devido cumprimento da legislação em vigor, inclusive neste caso. Reiteramos novamente nosso compromisso com a promoção de boas práticas ambientais a partir de nossos associados, enquanto acompanhamos o caso em questão com o máximo interesse”.

Matéria atualizada às 17h27