Desde o início de abril os hospitais públicos de Curitiba enfrentam alta nos casos de trauma e de causas externas. Na noite de quinta (11) para sexta-feira (12) foram registradas filas de ambulâncias nas instituições de referência de atendimento como os Hospitais Evangélico, Cajuru e do Trabalhador. De acordo com o diretor geral da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), César Neves, essa situação é um fenômeno nacional.

De acordo com um levantamento realizado pela CBN Curitiba, com dados do Corpo de Bombeiros, de 1º até 11 de abril, foram registrados 288 acidentes de trânsito registrados somente na capital. Ao todo foram 159 vítimas com ferimentos moderados e 19 em estado grave.

Em nota, o Hospital Universitário Cajuru informou que “o Pronto Socorro e os leitos de UTI operam acima de sua capacidade máxima nesta sexta-feira (12/04), sem previsão de normalização. Devido à alta demanda, há períodos de restrição dos encaminhamentos e de suspensão de cirurgias eletivas para poder absorver pacientes de emergências”.


SAIBA MAIS:


A CBN Curitiba aguarda um retorno sobre a situação dos hospitais Evangélico e Trabalhador.

Na rede particular, o Hospital São Marcelino Champagnat informou que “nos primeiros dias de abril, o movimento no Pronto Atendimento foi 30% maior que no mesmo período do ano passado, o que impacta no tempo de espera nos horários de maior procura”. Já o Hospital Nossa Senhora das Graças disse que não há superlotação no atendimento.

César Neves disse que apesar da gravidade do cenário atual, ainda não é possível afirmar que o sistema de saúde está em colapso e que medidas estão sendo tomadas para que o atendimento continue sendo feito, com prioridade para os casos mais graves.

Não há previsão para a normalização do sistema e a recomendação das autoridades de Saúde é para que as pessoas com casos mais leves busquem as Unidades de Saúde e não os grandes hospitais.

Outra opção é para que a população utilize o teleatendimento da capital, que é feito pela Central Saúde Já de Curitiba, no 3350-9000. Caso seja necessário, os profissionais vão direcionar o paciente para uma Unidade de Saúde ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).