Marcelo Francisco da Silva, gravado proferindo diversos xingamentos racistas e xenófobicos contra funcionários de um posto de combustíveis em Curitiba, se tornou réu em um processo criminal encaminhado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). Na denúncia aceita, o homem é acusado de três crimes: ameaça, injúria e vias de fato. Somadas, as penas podem chegar a 5 anos e nove meses.

Em nota, o advogado Raphael Nascimento afirmou que “estava aguardando a denúncia e não concorda com a tese jurídica adotada pela acusação e continuará firme na defesa da lei”.

A CBN Curitiba procurou a assistência de acusação, que representa as vítimas, para se manifestar sobre a decisão e aguarda um retorno.

No entanto, na época em que Marcelo foi preso, a defesa dele sustentou que ele teria sido provocado, como disse o advogado Raphael Nascimento.


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Já o advogado dos frentistas, Igor José Ogar, afirmou, durante a apresentação das vítimas na delegacia, que o suspeito tem histórico de maltratar trabalhadores em outros estabelecimentos de Curitiba.

O acusado é monitorado eletronicamente e deve permanecer em sua residência na parte da noite, fins de semana e feriados. Fica proibido de frequentar o posto de combustíveis onde o caso foi registrado e também proibido de qualquer contato com as vítimas, devendo manter 200 metros de distância delas.

Marcelo foi filmado por um frentista e um atendente de caixa após entrar em um posto de combustíveis em Curitiba na madrugada do dia 14 de outubro.

O processo será analisado pelo juízo da 6ª Vara Criminal. No entanto, o Tribunal de Justiça do Paraná está em recesso e novas movimentações só devem acontecer em janeiro do ano que vem.