Marcelo Francisco da Silva, suspeito de proferir diversos xingamentos racistas e xenófobicos contra funcionários de um posto de combustíveis em Curitiba, se apresentou no 7° Distrito da Polícia Civil, no bairro Hauer, no fim da tarde desta segunda-feira (16). Acompanhado dos advogados de defesa, o homem não quis se manifestar.

O caso foi registrado na última sexta-feira (13), mas veio à tona no sábado (14), com a repercussão de um vídeo feito dentro da loja de conveniências de um posto de combustíveis no bairro Boqueirão. As imagens mostram Silva agredindo verbalmente dois funcionários, sendo um frentista e outro atendente de caixa. A gravação foi feita por uma das vítimas.

Os dois trabalhadores procuraram a Central de Flagrantes da Polícia Civil ainda no final de semana. O delegado responsável pelo caso, Nasser Salmen, formalizou a abertura de inquérito nesta segunda-feira (16).

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O suspeito se apresentou na delegacia junto do advogado Raphael Nascimento e decidiu permanecer em silêncio durante o depoimento, segundo o delegado.

As vítimas também devem prestar novo depoimento nos próximos dias. O delegado informou ainda faltam informações para compor a linha do tempo do caso.

O delegado Nasser Salmen ainda explica o crime de racismo já está caracterizado na situação.

O advogado Raphael Nascimento, que representa o suspeito, confirmou que o homem permaneceu em silêncio, mas que pode fornecer informações futuramente.

A defesa citou que Silva teria sido provocado no posto de combustível, antes de ser flagrado proferindo xingamentos contra os dois funcionários.

De acordo com o advogado, apesar da gravidade dos fatos, não cabe prisão preventiva a Silva. E ainda revelou que o suspeito enfrenta problemas com drogas e bebidas alcoólicas.