O delegado Nasser Salmen, responsável pela investigação do caso do cliente identificado como Marcelo Francisco da Silva, flagrado em um vídeo proferindo xingamentos racistas e xenofóbicos contra um frentista e um atendente de caixa, afirma que não há dúvidas sobre o cometimento do crime. Em entrevista à CBN Curitiba, na segunda-feira (16), o policial destacou que os vídeos são claros quanto à tipificação criminal.

As imagens foram gravadas na madrugada de sábado (14) por um funcionário de um posto de combustíveis no boqueirão, onde tudo aconteceu. Para Nasser está caracterizada a ofensa contra as duas vítimas.

O advogado Raphael Nascimento, que defende o acusado, afirmou que Marcelo enfrenta problemas com drogas e bebidas alcoólicas e que teria sido provocado pelas vítimas.

Já o advogado do frentista, Igor José Ogar, afirma que o suspeito tem histórico com a polícia e de maltratar trabalhadores em outros estabelecimentos de Curitiba.

A Polícia Civil segue realizando as investigações. Tanto as vítimas quanto o acusado já foram ouvidos. De acordo com o delegado, o mandado de prisão só pode ser expedido pelo juiz.

O processo está em fase de inquérito policial e o delegado tem 30 dias para concluir a investigação. Não há testemunhas a serem ouvidas e a Polícia Civil aguarda apenas as imagens do lado de fora da loja de conveniências para apurar se o suspeito cometeu mais crimes contra as vítimas além da xenofobia e do racismo.