Por enquanto, as obras de alargamento do canal de acesso ao Porto de Paranaguá estão suspensas. Essa informação foi confirmada pela empresa DTA Engenharia, responsável pela execução da obra, que lamentou o trágico acidente que aconteceu na manhã do último domingo, dia 3 de março, e terminou com a morte de um mergulhador. Segundo a empresa, o profissional era integrante da equipe da empresa subcontratada, que é especializada na realização de atividades de perfuração de rocha com uso de fragmentador por acionamento elétrico. A obra era realizada no canal de navegação do Porto de Paranaguá, junto ao Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).

Conforme a empresa, não houve outros feridos e as circunstâncias e as causas do acidente estão sendo investigadas pela polícia. A empresa ressaltou que todos os serviços obedecem a rigorosas normas técnicas e de segurança. A obra permanece paralisada até que seja finalizada a apuração dos fatos.

SAIBA MAIS:

• Falha de segurança pode ter ocasionado morte de mergulhador em obra na Baía de Paranaguá

O mergulhador trabalhava na obra de alargamento que faz parte do projeto de ampliação da área para a passagem de navios, na Baía de Paranaguá. Essa área, chamada de calado, é a profundidade entre o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação e a linha da água. A mudança foi homologada pela Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) para ampliar a capacidade operacional dos terminais paranaenses, segundo a Portos do Paraná.

Essa obra começou a ser executada em 2021. Em 2020, houve a licitação e o contrato foi assinado em outubro do mesmo ano. Em novembro, a ordem de serviço foi liberada e a Portos do Paraná iniciou a etapa de remoção das rochas dos pontos mais rasos da Pedra da Palangana. Esse processo de derrocagem da pedra vai dar mais segurança à navegação e ao meio ambiente, pois a remoção dos pontos mais rasos do complexo de rochas subterrâneas, pode evitar acidentes com navios.

Na época, o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, explicou, durante entrevista à CBN Curitiba, que havia um controle ambiental na área da obra.

Em nota, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, lamentou a morte do mergulhador e informou que já prestou auxílio para que o caso possa ser investigado.

Por meio de nota, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou que investiga o caso e realiza diligências para estabelecer a dinâmica dos fatos.