Falha em procedimento de segurança pode ter ocasionado a morte de mergulhador na Baía de Paranaguá, durante procedimento para detonação de rochas. Um segundo mergulhador ficou ferido no caso registrado no fim de semana.
Na avaliação do geólogo e geotécnico, Abdel Hach, o acidente deve ser investigado para que seja possível diagnosticar erros e avalia que o risco de explosão é elevado quando dispositivos utilizados para detonação são deixados armados.
Os casos de acidentes com explosões em trabalhos de mergulho são raros. O mergulhador comercial e instrutor na Scubasul, Roberto Baracho, explica que existem diferentes procedimentos para detonação, mas lembra que com os procedimentos de segurança o trabalho é considerado seguro.
O mergulhador vítima do acidente trabalhava em uma obra de alargamento que faz parte de um projeto de ampliação de calado para a passagem de navios, na Baía de Paranaguá. O calado é a profundidade entre o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação e a linha da água. A mudança foi homologada pela Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) e amplia a capacidade operacional dos terminais paranaenses, segundo a Portos do Paraná.
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, lamentou a fatalidade e disse, em nota, que já prestou auxílio para que o caso possa ser investigado. Confira:
“No último domingo (03/03), um mergulhador veio a óbito e outro ficou ferido durante a detonação de rochas na Baía de Paranaguá, procedimento que faz parte do projeto de ampliação de calado para a passagem de navios.
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, lamenta a fatalidade e se solidariza com a família da vítima, e já prestou o auxílio necessário para que os órgãos competentes possam investigar as causas do acidente. O Terminal esclarece que o procedimento está sob a responsabilidade da DTA Engenharia, empresa extremamente experiente, que passou por processo de licitação e realizou este tipo de serviço em diversos outros portos”.