Os atropelamentos aumentaram 10,5% em Curitiba desde 2019, para os cinco primeiros meses do ano. Os dados são do Corpo de Bombeiros referentes aos períodos de 1º de janeiro até 27 de maio de cada ano. Em 2024, já foram 334 ocorrências enquanto foram 304 registros em 2019 e 250 em 2020.

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Em curto prazo, o registro desse ano é menor ao de 2023 (354) e 2022 (384), mas ainda segue acima da média. Para o especialista em segurança no trânsito, Celso Mariano, campanhas educativas precisam conscientizar que todas as pessoas são pedestres, inclusive os motoristas.

Outro ponto que deve ser levado em consideração são as áreas apropriadas para a travessia das pessoas. A distração dos pedestres e o desrespeito a sinalizações também são causas de acidentes.

A professora de Planejamento Urbano no UniCuritiba, Flávia Iankowski Claro Pereira, explica que as cidades costumam crescem priorizando os veículos ao invés dos pedestres e reforça a importância de adaptar ruas e avenidas para a melhor convivência entre pedestres e automóveis.

O Maio Amarelo é um exemplo de campanha de conscientização no trânsito. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, foram 3.039 abordagens realizadas ao longo do mês, direcionadas a ciclistas, pedestres e motoristas que transitavam dentro e nas proximidades das canaletas do transporte coletivo da cidade.

O especialista em trânsito, Hugo Alexander, acredita que é possível inverter o crescimento nos acidentes com ações preventivas e também atenção para as regiões com os maiores índices de acidentes. Nesse caso, ele também lembra que regiões menos movimentadas também precisam de atenção.

A iniciativa educativa em Curitiba focou em ações de promoção de segurança viária nas canaletas exclusivas para ônibus, locais que também registram atropelamentos e registraram 59 acidentes envolvendo ciclistas e pedestres no ano passado.