O Colégio Estadual do Campo Danilo Zanona Ribeiro, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, deveria estar pronto há mais de seis anos, mas a entrega foi realizada somente na manhã desta quarta-feira (16). Aliás, nesse tempo, o colégio mudou até de nome, já que antes era chamado de Colégio Estadual Ribeirão Grande.

O cronograma inicial era que o colégio deveria ser entregue em 2015, mesmo ano em que foi deflagrada a Operação Quadro Negro, que descobriu um esquema milionário de desvio dos recursos que deveriam ser aplicados em, pelo menos, 15 escolas em várias regiões do estado.

No entanto, segundo as investigações, o dinheiro que devia ser usado na construção, reforma ou ampliação de escolas estaduais do Paraná, foi parar no bolso de políticos, agentes públicos e empresários.

O esquema teria desviado cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos, entre os anos de 2011 e 2015.

Na ocasião, o ex-governador do Paraná, Beto Richa, chegou a ser preso, suspeito de participação no esquema já que teria recebido valores do dono de uma construtora para a reeleição, em 2014.

Beto Richa virou réu na ação, em 2019, por obstrução de investigação de organização criminosa. No entanto, ele nega as acusações.

Somente no colégio entregue nesta quarta-feira, foram gastos mais de R$ 4,2 milhões.

Conforme o governo estadual, o colégio conta com uma área total de 2.350 metros quadrados, com seis salas de aulas, uma quadra poliesportiva coberta, biblioteca, cozinha, refeitório, sala de educação física, área administrativa, banheiros, casa do zelador, sala multiuso e laboratórios de ciência e informática.

A nova unidade tem previsão de 375 matrículas nos ensinos fundamental e médio.