A cobrança da tarifa de pedágio, dentro da nova etapa de concessão de rodovias do Paraná, deve começar no primeiro trimestre de 2024. A previsão é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que conduziu o processo do leilão do lote 1 do projeto, na última sexta-feira (25).

A vencedora do certame foi a Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A, que se vai se tornar a responsável por administrar os 473 quilômetros do lote 1, que abrange rodovias federais e estaduais que cortam as cidades das regiões de Curitiba, Centro-Sul e Campos Gerais.

Segundo a ANTT, após a homologação do certame, a assinatura do contrato com a entrega de todos os documentos necessários e o cumprimento de todas as condições previstas no edital está prevista para dezembro. A concessionária assume efetivamente 30 dias após a assinatura do contrato, ou seja, com previsão, em janeiro de 2024, quando se começa a operação e prestação dos serviços.

A abertura das praças de pedágio ocorre após uma revitalização da estrutura e vistoria da ANTT, com estimativa para o primeiro trimestre do ano. Somente após disso haverá início da cobrança da tarifa de pedágio.

Já o governo do Estado anunciou que ainda não é possível cravar uma data para a cobrança das tarifas. O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, explicou que isso só deve acontecer após obras de manutenção das rodovias.

O lote 1 contempla cinco praças de pedágio. A partir do início da cobrança de tarifa, os valores vão variar de R$ 7,51 e R$ 9,90 para automóveis de passeio, conforme a região.

A Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A., do grupo Pátria Investimentos, será responsável pela operação, conservação, ampliação e manutenção do Lote 1 do Paraná por 30 anos. A empresa já tem experiência em outras concessões de rodovias. Segundo Jorge Bastos, responsável pela Infra SA, este foi um modelo diferenciado.

Há previsão de investimentos de R$ 7,9 bilhões, dos quais 47% serão destinados à expansão e melhoria da capacidade das rodovias, de acordo com as diretrizes do projeto. Outros R$ 5,2 bilhões serão direcionados para investimentos em serviços gerais e administrativos, tais como serviços médicos e mecânicos, áreas de descanso para caminhoneiros, sistemas de balanças e pesagem, entre outros. No total, estão previstos R$ 13,1 bilhões de investimentos totais para o Lote 1.