Ao descartar a pena morte para Jordi Beffa, o advogado Petrônio Cardoso lembra que tudo depende do tipo e da quantidade de droga que o brasileiro tentou entrar no país asiático, cerca de 6,5 kg de cocaína. Segundo a legislação da Tailândia, o tráfico de drogas pode ser punido com até 20 anos de prisão, com prisão perpétua ou pena de morte, dependendo da quantidade, da substância e das circunstâncias. No entanto, a interpretação da lei antidrogas cabe ao juiz. De acordo com Petrônio, a pena capital, aplicada raríssimas vezes, fica restrita ao tráfico de heroína e a outras drogas opiáceas.

Sobre a estimativa da pena que pode ser aplicada ao paranaense, Petrônio comenta que ele pode receber uma condenação entre a 5 a 10 anos de prisão. O advogado acredita, inclusive em um perdão real, concedido em alguns casos.

Petrônio Cardoso diz que não há um tratado de extradição entre Brasil e Tailândia, para que Jordi cumpra a pena aqui no país. Porém, espera que em caso de perdão judicial, decorrido um determinado período de cumprimento de pena, o paranaense possa ser repatriado.

Agora o advogado aguarda pela renovação do pedido de acesso ao brasileiro, que será feito pela embaixada do Brasil, em Bangkok, às autoridades tailandesas. Segundo Petrônio, esse pedido será feito a partir do dia 7 de março, na próxima segunda-feira, para que seja marcada uma videochamada com parentes e advogados.

Petrônio espera que o contato com Jordi seja liberado pelo sistema judiciário tailandês já no mesmo dia.

Conforme o advogado de defesa, até o momento Jordi não teve contato com ninguém, nem mesmo com membros da embaixada brasileira.

A única mensagem enviada por Jordi, a um amigo, assim que foi preso na Tailândia, mostra o rapaz com a voz embargada que pede para o amigo cuidar da sua família, pois acha que não vai sair dessa situação.

O advogado de defesa mais uma vez descarta a ligação de Jordi Beffa com os outros dois brasileiros presos no Aeroporto Internacional de Bangkok.

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