As imagens da torcedora do Clube Athletico Paranaense imitando um macaco viralizaram nas redes sociais. Os gestos dirigidos à torcida do tricolor paulista foram denunciados pela diretoria do clube na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos da Polícia Civil do Paraná (Demafe).

Segundo o delegado Luiz Carlos Oliveira, a torcedora, que veste uma blusa preta e sorri depois da agressão, mexendo no celular, já foi identicada.

O segundo caso de racismo aconteceu com um funcionário do São Paulo, que estava trabalhando no gramado. Ele foi vítima de ataques racistas após o pênalti defendido pelo goleiro Felipe Alves, no segundo tempo do duelo.

O fotógrafo fez o boletim de ocorrência assim que o jogo terminou, mas segundo o delegado Luiz Carlos Oliveira, não ficou configurado o flagrante. As imagens já foram pedidas à diretoria do Athletico.

A diretoria do Clube Athletico Paranaense publicou nota oficial nas redes sociais, informando ter tomado conhecimento sobre as acusações de racismo na partida contra o São Paulo. O texto diz que o clube já está adotando medidas cabíveis e que vai fornecer as imagens para a polícia.

O clube reitera que não tolera atos de racismo e reitera que não tolera e nunca tolerará comportamentos racistas dentro da instituição. Se verificado que houve algum ato criminoso ou desrespeitoso praticado por sócio, submeterá a questão para Câmara de Ética e Disciplina.

Em março, também na Arena, um outro caso veio a público e a denúncia partiu de um jogador do Londrina, o lateral-direito Samuel Santos, que foi chamado “preto vera verão”. O torcedor foi identificado e proibido de entrar em estádios de futebol no Paraná durante 2.160 dias, o equivalente a cinco anos e onze meses.

A decisão foi da 2ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), que também puniu o Athletico no mesmo julgamento com multa de R$ 20 mil.