Com deliberações expedidas pela 9ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, foi deflagrada pela operação que cumpre, na manhã desta quinta-feira, dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva na capital paranaense. O objetivo é provar o aliciamento de dois homens e uma mulher, que embarcaram no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e foram presos no Aeroporto Internacional de Bangkok, na Tailândia, no momento que tentavam entrar no país asiático com mais de 15 quilos de cocaína na bagagem, no dia 13 de fevereiro deste ano.

A operação chamada de Ong Bak já efetuou a prisão de uma mulher suspeita de atrair os três brasileiros, entre eles um paranaense, que continuam detidos na Tailândia. As investigações foram iniciadas logo após a prisão desses brasileiros, conforme explica o Superintendente Regional da Polícia Federal no Paraná, Omar Gabriel Haj Mussi.

As averiguações feitas pela polícia também apontaram que dois homens já tinham viajado para o exterior, antes do início da pandemia da COVID-19 em situações que indicavam que eles estariam transportando drogas.

Segundo o Superintendente da Polícia Federal, o tráfico de drogas faz uma análise de risco sobre a possibilidade de interceptação do entorpecente, além de usar pessoas, muitas vezes vulneráveis economicamente, para transportar a droga.

Seguindo essa tese, Petrônio Cardoso, advogado de defesa de Jordi Vilsinski Beffa, paranaense preso na Tailândia por tráfico de drogas, desde fevereiro deste ano, afirma que Jordi foi aliciado pelos traficantes.

A Polícia Federal ainda estuda a possibilidade de solicitar à Justiça Federal a extradição dos brasileiros que estão presos na Tailândia para que respondam pelos crimes praticados aqui no Brasil.

Sobre a possibilidade do pedido de extradição dos três brasileiros, o advogado de defesa do paranaense, explica que essa sempre foi uma perspectiva defendida por ele.

Os investigados na Operação Ong Bak podem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação criminosa para o tráfico. As penas somadas podem chegar a 25 anos de reclusão.